sábado, 17 de novembro de 2012

Dédalo e Ícaro


Logo após Teseu matar o Minotauro, Dédalo e seu filho Ícaro são aprisionados numa torre por ordens do rei Minos, pois este descobrira a traição do engenhoso arquiteto em construir uma vaca de madeira para que a rainha ficasse em seu interior e copulasse com o touro branco, gerando assim, o terrível monstro meio homem, meio touro.
Com o passar do tempo, Dédalo passa a juntar penas de gaivotas e com estas unidas entre si com cera de abelha cria seu mais novo invento: asas mecânicas. Planeja fugir da ilha de Creta usando as mesmas. Passa a explicar ao filho como o equipamento funciona:
— Elas são presas ao corpo por meio destas correias. Usamos os braços para fazê-las entrar em funcionamento assim como os pássaros a bater as asas. Saltaremos pelas janelas da torre, cruzaremos o mar e pousaremos então em terra firme. No entanto há um detalhe muito importante. Não poderemos voar muito alto para que o sol não derreta a cera, nem muito baixo para que as penas não se encharquem com as águas e fiquem pesadas demais.
Iniciariam a jornada logo no dia seguinte. Chega a hora de testarem o fabuloso engenho e os dois mergulham das janelas, dão um voo rasante e começam a subir. Podem sentir o vento batendo em suas faces com o inebriante cheiro de maresia. Passam a sentir a liberdade desejada desde o primórdio dos tempos por todo o ser humano. Opa! Algo começa a sair do planejado! Ícaro fica deslumbrado por tudo aquilo e passa a subir além dos limites estabelecidos. O sol passa a esquentar cada vez mais as asas e, a cera começa a derreter, as penas passam a se soltar e o jovem cai e se afoga nas águas do mar Egeu. Ao longe Dédalo vê um aglomerado de penas sobre as ondas: tarde demais...
Na vida devemos sempre buscar nossos sonhos, vivendo dentro dos nossos limites, nem acima nem abaixo do nosso potencial. Devemos sempre voar “no linear do horizonte humano”!

 

sábado, 10 de novembro de 2012

Oficina de aquarela

Estávamos reunidos na sala de TO enquanto Valquíria passava-nos as primeiras instruções a respeito da oficina de aquarela. Pegamos o papel canson e o mergulhamos numa bandeja com água. Era a primeira vez que eu mexia com aquela tinta. Retiramos o papel totalmente encharcado e começamos a trabalhar sobre o mesmo aplicando a tinta da maneira que a nossa imaginação mandasse. A aquarela fluía sobre a água como uma folha a seguir seu curso no leito de um rio, tais quais nossas emoções a aflorarem por sob a pele e invadirem a sala. Surgiam desenhos dos mais variados: árvores, nuvens no céu, cavalos em disparada pelos prados floridos. Eu fazia a figura de Dom Quixote combatendo moinhos de vento. Sempre gostei dessa cena. E a água tentando dar um rumo diferente ao fluxo de tinta pincelada sobre o papel...
— Isso é o mais interessante da aquarela — dizia a Terapeuta Ocupacional — as figuras não saem exatamente como nós desejamos: a água cria efeitos inesperados.
Não imaginava que a aquarela fosse assim, viesse em tubo e que o trabalho fosse feito sobre um papel molhado. Conhecia apenas aquela aquarela da Hering. Quem não se lembra? Vinha num papelão imitando uma paleta onde as cores eram pastilhas que molhávamos com o pincel.
Então passei a prestar atenção na letra da música do Toquinho. Aquarela é uma alusão à vida onde ele solta sua imaginação cria castelos, barcos, aviões, aves e está cercado pelos amigos e, enfim, pinta o mundo, e tanto uma coisa quanto a outra, a aquarela e a vida, são instáveis. Construímos nosso destino em partes, mas estamos sempre entregues ao fluir das águas do tempo, que é senhor de tudo, e devemos seguir o seu curso inexorável.
“E o futuro é uma astronave / que tentamos pilotar / não tem tempo nem piedade / nem tem hora de chegar / sem pedir licença muda nossa vida / e depois convida a rir ou chorar.”
E na oficina os desenhos começavam a ficar prontos e eram postos para secar, enquanto Valquíria fazia suas considerações finais. No dia seguinte fizemos uma exposição dos mesmos nas paredes do Hospital Dia de Psiquiatria da UNESP de Botucatu.

sábado, 3 de novembro de 2012

Enviando e-mails

No cabeçalho dos e-mails há três campos de endereçamento:
para, cc (cópia carbono) e cco (cópia carbono oculta). Vejamos para o que servem cada um deles.
O primeiro campo: para, preenchemos com o endereço do destinatário principal da mensagem. Em cc colocamos os e-mails das pessoas que devam estar a par da mesma, geralmente tratando-se de um assunto profissional.
Quando você for enviar mensagens para vários contatos, principalmente não sendo um assunto profissional, é aconselhável usar o campo cco, ou, em inglês, bcc. O mesmo possibilita que os destinatários não saibam os endereços de e-mail uns dos outros sendo a maneira mais ética e segura de se enviar e-mails. Evitaremos criar listas enormes de endereços de e-mails, pois elas acabam se tornando um prato cheio para hackers e spammers que se utilizam das mesmas para enviar aquelas propagandas não autorizadas que volta e meia recebemos, possibilitando também uma alta propagação de vírus pela rede.
É muito útil ainda apagarmos todo o “lixo virtual”, que consiste no endereço de quem nos enviou uma mensagem, ao encaminhá-la a outros. Senão acabaremos criando outra lista enorme de e-mails. Agindo assim estaremos acabando com grande número de vírus, tornando a web um ambiente mais seguro.