quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Amargura do fel, doçura do néctar

Após nove meses
Enfim chega o dia.
Gemido ensurdecedor
Surgem lágrimas de dor
Precedendo as de alegria.

Céu se fecha em tempestade,
Alma se encerra em tristeza,
Porém quando a chuva cessa traz fecundidade,
Com o brilho do sol, a beleza.*

Já diz o ourives que trabalha
O metal em fogo ardente
Que quanto mais tempera o aço que talha
Mais ele se torna resistente.

Na ramagem espinhosa
A subida é dolorida,
Mas infindável é o prazer
De beber o néctar da rosa da vida.


*Com o brilho do sol (traz), a beleza.

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